domingo, 5 de janeiro de 2014

A ENERGÉTICA DOS MOVIMENTOS ONDULATÓRIOS NA DANÇA DO VENTRE


A predisposição aos benefícios espirituais, psicobioenergéticos, da Dança do Ventre pode ser estimulada ou dificultada conforme o temperamento e a disposição mental da praticante, caso contrário todas as mulheres, incluindo as profissionais, teriam superado problemas de origens diversas.

Um exemplo bem simples é o problema de prisão de ventre. Sabe-se que as ondulações abdominais da Dança do ventre eliminam a prisão de ventre. Mas, raciocinemos mais além do aspecto físico, ou seja, consideremos também os aspectos psicológico e metafísico do ato de ondular o ventre. Tal ação requer, simultaneamente, o desenhar de uma onda em movimento e a respiração. A respiração em seu aspecto psíquico representa a capacidade de absorver a vida. A prisão de ventre, por sua vez, está associada ao aspecto mental, originada em algum tipo de crença subconsciente em limitação, medo, retenção ou carência. A pessoa evita “soltar” qualquer coisa de si mesma, com medo, mesmo que inconsciente, de ser incapaz de substituí-la. Nessas condições, a pessoa pode estar se agarrando a alguma lembrança passada, de difícil esquecimento ou perdão; pode sentir medo de mudar de vida ou situação por não estar aberta para o novo.

Neste caso, as ondulações abdominais da Dança do Ventre flexibilizam os músculos contraídos das paredes abdominais em razão de pensamentos conflitantes (couraças). A ação de flexibilizar, massageando os órgãos internos e dominando os músculos abdominais, é entendida, subconscientemente, como uma atitude de descontração, liberdade e segurança. A atenção projetada no movimento permitirá a experimentação do ar “novo” que entra empurrando o abdômen para fora, e do ar “velho” que sai, relaxando e\ou contraindo o abdômen para dentro. A pessoa perceberá, através da prática que a contração não permite a entrada do ar “novo”.

É neste ponto que encontramos a relação: abdômen contraído, ar sai. O subconsciente entende que é para soltar e assimila pela repetição a nova ação. Abdômen expandido está repleto de ar novo. O subconsciente capta que é para receber, assimilar pela repetição a ato de aceitar. “Estou me libertando do velho e abrindo espaço para o novo”. Resultado: o subconsciente entende esta mensagem voluntária e absorve a nova atitude mental pela ação do movimento, pois a praticante compreendeu, experimentalmente, o princípio de libertar e soltar, que é oposto à prisão de ventre, que, na realidade, é uma maneira de se contrair e agarrar.

Assim como nas técnicas de massagem, os movimentos abdominais da Dança do Ventre também promovem uma limpeza fisiológica de um ciclo emocional que ficou preso, dissolvendo as couraças de vísceras e tecidos, restaurando a eliminação de fluídos desnecessários ao organismo, fazendo com que a energia circule para revitalizar as células. Prisão de ventre é um tipo de couraça, e couraças são resistências, defesas que se manifestam para proteger. Se forçarmos o rompimento delas, outras virão para substituí-las. É preciso, então, estabelecer um diálogo com elas através do movimento. Ela não retira a resistência, mas dialoga com ela aumentando o fluxo da energia para que ela desbloqueie, flua e restaure o processo.

Nesse processo, temos, ainda, a questão energética das ondulações abdominais que conjugadas com as ondulações pélvicas liberam as energias congestionadas nos quatro Chakras inferiores do corpo:

  • Básico ou radico: ligado às glândulas suprarrenais, localizado na base da coluna.
  • Sexual: ligado às glândulas sexuais, localizado no baixo ventre.
  • Esplênico: ligado ao baço, considerado um Chakra secundário por não estar ligado a nenhuma glândula (para ser considerado principal é necessário que o Chakra esteja ligado a uma glândula.
  • Plexo Solar ou umbilical: ligado ao pâncreas, localizado acima do umbigo.

Os movimentos ondulatórios da Dança do Ventre ativam a energia do corpo. Captam novas energias para absorção e assimilação pelo organismo. O Chakra do baço, apesar de ser considerado secundário, trabalha durante a ondulação absorvendo o Prana. As energias circulam junto com a intensão do movimento, percorrendo o mesmo caminho da linha traçada. A trajetória definirá como a energia Kundalini, por exemplo, irá circular e passar de um Chakra para o outro, em sentido ascendente.

sábado, 28 de dezembro de 2013

A DANÇA DO VENTRE COMO FORMA DE INICIAÇÃO



Sabemos que a dança está presente em muitos rituais, pois através do significado dos movimentos, ela gera energias realmente mágicas. A dança iniciática existe há mais de 7000 anos; a que segue a linha egípcia é uma preparação para as mulheres que desejam ser Sacerdotisas da Deusa, o que desperta nelas a própria Deusa Interior. O fundamento deste aprendizado é ver em nosso corpo quatro partes diferentes, sendo que cada uma dessas partes corresponde a movimentos específicos da Dança do Ventre.

Terra: dos pés até o quadril.
Água: do quadril até os ombros.
Ar: dos ombros ao Chakra Coronário.
Fogo: ao redor de todo o corpo, representa a energia criadora.

Todos os movimentos da Dança do Ventre foram concebidos para manter em equilíbrio perfeito as energias de quem a pratica, livrando a mulher de doenças, alterações de humor, entre outros benefícios menos perceptíveis. O equilíbrio perfeito das energias leva ao despertar da Kundalini (energia criadora), fazendo com que a mulher se sinta interagindo com o Cosmos em perfeita harmonia.

O Véu (espírito) na Dança do Ventre representa o corpo espiritual da dançarina, sendo que a cor do véu traduz seu estado emocional; o desempenho com ele mostra a visão que ela tem de seu corpo e a sensação que o corpo físico lhe inspira. Na cultura árabe o véu também simboliza os ventos do deserto.

Os instrumentos utilizados na Dança do Ventre têm significados específicos:

Snujs: Benção. Dançar tocando Snujs ou pandeiro, como faziam as sacerdotisas antigas, abençoa e purifica o ambiente.

Bastão: Caminho. Como uma sacerdotisa espiritual, a dançarina direciona e mostra os caminhos.

Punhal: Transcendência. A dançarina transcende a própria matéria, sacrificando os apegos mundanos.

Espada: Justiça. Propicia discernimento através da justiça pura. A dançarina deverá manter uma postura mental especial, porque o poder místico atribuído à espada poderia “cortar” determinadas situações.

Taças: Sabedoria. A dançarina exterioriza sua Deusa Interior fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado.

Candelabro: Luz. A dançarina se transforma numa ponte entre os mundos material e espiritual.

Sete Véus: O número sete encerra um mistério muito grande, pois sete são as cores do arco-íris, os Chakras, as notas musicais, os planetas principais etc. Para que a dançarina esteja apta a fazer esta dança, terá de ter alcançado as sete virtudes: humildade, disciplina, respeito, paciência, perseverança, dedicação e amor.

A Dança Iniciática faz com que a dançarina conheça o seu corpo e sua relação com o calendário lunar, coincidindo cada ciclo da Lua com as características de uma deusa. Além disso, desperta o sagrado na mulher, motivo pelo qual se diz: “O corpo da dançarina se divide em três partes diferentes, mulher, espírito e serpente, não pode ser tocado enquanto ela dança”.

OS CHAKRAS E A DANÇA DO VENTRE



Chakras são centros energéticos do corpo. Os seres humanos possuem sete Chakras principais que estão em constante atividade, embora sua presença não seja percebida conscientemente por não meditadores. A palavra Chakra em sânscrito é traduzida por roda, círculo ou movimento. As representações pictóricas desses centros de energia são formadas por figuras geométricas e pétalas. Pelos Chakras transitam e se movem as energias sutis do corpo.

Os Chakras estão localizados dentro e fora do corpo; a Kundalini, energia da vida, ativa os Chakras e movimenta-se dentro do corpo. Kundalini é energia da terra, o poder do desejo puro dentro de nós, é a energia da nossa alma, da nossa consciência. Kundalini é a nossa emanação do infinito, a energia do cosmos dentro de cada um de nós. Como nossa energia criativa, ela pode ser imaginada como uma serpente enroscada, adormecida na base da nossa coluna. Uma energia adormecida dentro de nós que desperta e passa através dos centros de consciência, Chakras, no canal central da espinha (Sushumna), expandindo nossa consciência.

Quando conseguimos um fluxo constante da Kundalini, é como se estivéssemos despertando de um longo sono; deixamos de viver numa realidade imaginária e nos tornamos compromissados com os nossos propósitos e metas aproveitando muito mais os prazeres da vida. A Dança do Ventre ativa a energia Kundalini, ajudando em sua ascensão pelos Chakras principais, propiciando o autoconhecimento e o despertar da consciência.

Normalmente os Chakras são pequenos, não apresentando mais do que cinco centímetros de diâmetro. Com a prática de mantras, yoga, meditação e Dança do Ventre os Chakras aumentam de tamanho e sua luz se expande. Sua aparência pode ser descrita como circular e luminosa. Cada Chakra tem uma cor, mantra, elemento e movimento da Dança do Ventre que o estimula. Seu movimento é ininterrupto, estão associados às glândulas do corpo físico e funcionam como centros de captação, contenção e distribuição de energia para todo o corpo.

Os sete Chakras estão localizados ao longo da coluna vertebral, dispostos verticalmente e cada Chakra tem funções específicas, mediante o recebimento de energias internas e externas.

Os Chakras inferiores, mais associados à matéria, são o Muladhara (Chakra básico), o Swadhistana (Chakra umbilical) e o Manipura (Chakra plexo solar). O médio, ou intermediário, é o Anahata (Chakra cardíaco), associado aos sentimentos. E os superiores são o Vishuddha (Chakra laríngeo), o Ajña (Chakra frontal) e o Sahashara (Chakra coronário), que estão associados ao mental e à iluminação. Sua rotatividade obedece ao sentido horário ou anti-horário, dependendo da qualidade energética de cada indivíduo. Quando o Chakra gira no sentido anti-horário, perde-se energia. E quem perde muita energia pode sobreviver da energia alheia, por meio de uma relação de dependência chamada na metafísica de vampirismo. Além disso, pode-se adoecer.

Existem muitas práticas que fazem o Chakra girar em sentido horário ou anti-horário:

  • Método interno: por meio desse método, despertamos a Kundalini com a prática de dança, yoga, mantra, tai-chi, chi-kun, iai-dô, aikidô etc.
  • Método externo: consiste no recebimento de passe magnético, massagem, aplicação de acupuntura, geoterapia ou cromoterapia.

Os dois métodos contribuem para o estímulo de todos os Chakras, proporcionando melhor disposição física e mental aos praticantes.

É importante manter os Chakras equilibrados, utilizando técnicas corporais, técnicas mentais e alimentação equilibrada. Os Chakras influenciam e são influenciados também pelo corpo físico, daí a necessidade destes cuidados.

Todos os Chakras possuem qualidades energéticas próprias que em desequilíbrio produzem determinadas doenças ou, em situações de equilíbrio, conferem ao nosso organismo inúmeros benefícios. Contudo, o sexto Chakra pode ser mais estimulado que os demais pelo mantra Om, pois possui uma força que ajuda e atrai a subida da Kundalini.

Em uma sociedade, extremamente estressante e competitiva, através do excesso de trabalho, estresse, toxinas, alimentação inadequada, drogas, tabaco, álcool, ansiedade, depressão e tantas outras coisas mais, criam bloqueios energéticos nos centros das funções vitais do corpo reduzindo ou mesmo fechando em alguns chakras o fluxo de Energia (Prana), ficando essas energias nocivas armazenadas em órgãos vitais e começando a manifestar-se na forma de doenças.

A Dança do Ventre equilibra e alinha todos os chakras através da realização de movimentos ligados e eles, trabalhando diretamente com a energia vital de nossos chakras e da kundalini, desbloqueando esses centros energéticos, abrindo os chakras, libertando do excesso de energia reprimida, fazendo voltar a circular harmoniosamente.


1º Chakra: Básico – Muladhara

Localizado nos órgãos genitais e na pélvis, relacionado com as gônadas (glândulas sexuais), governa o sistema reprodutor. Este Chakra anima a substância do corpo físico, é a vontade, o poder e o instinto de sobrevivência. É base da montanha, a ligação com a Terra. Concentra as energias da Kundalini, que uma vez despertadas e controladas progridem coluna acima.
  • Elemento: Terra.
  • Cores: Vermelho e Preto.
  • Partes do corpo: glândulas suprarrenais, ossos, aparelho genital e urinário, bacia, coxas, pernas e pés.
  • Cristal: rubi, granada, hematita, turmalina preta.
  • Essências: Laranja e sândalo (acalmam).
  • Mantra: LAM.
  • Fase da vida: Desde a união do espermatozoide com o óvulo, até sete ou oito anos.
  • Alimentos benéficos: as proteínas (carne e produtos lácteos não são recomendados), frutos vermelhos e vegetais.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: assuntos relacionados ao mundo material, ao sucesso; o corpo físico, o domínio do corpo; base (fundação), individualidade, estabilidade, segurança, imobilidade, tranquilidade, saúde, coragem, paciência.
  • Qualidades negativas: se a pessoa estiver com baixa vibração, pode apresentar as seguintes características: egocentrismo, insegurança, violência, ganância, fúria, demasiada preocupação com a própria sobrevivência, tensão na coluna e prisão de ventre.
  • O que faz: responsável pela ligação com o mundo físico, promovendo estabilidade e força interior. Concentra as energias da Kundalini, que uma vez despertadas e controladas progridem coluna acima, seguindo um padrão geométrico similar ao padrão apresentado na dupla hélice das moléculas de DNA, que contêm o código da vida.
  • Aspectos a serem compreendidos: Sobrevivência, alimento, conhecimento, auto-realização, valores (segurança financeira, coisas materiais), sexo (procriação), longevidade e prazer.
Movimentos da Dança do Ventre: todos os pélvicos, especialmente os shimmies e as batidas.


2º Chakra: Sacro – Svadhisthana

Localizado na lombar e abaixo do umbigo no nível do púbis, está relacionado com as glândulas suprarrenais, regendo a coluna vertebral e os rins. As suprarrenais são constituídas por uma medula interna, coberta por um extrato chamado córtex e são responsáveis pela produção de adrenalina. Rege os rins, sistema reprodutor, sistema circulatório e bexiga. As energias como a paixão, a expansão, sensualidade e a criatividade são manifestadas por este Chakra.
  • Elemento: Água
  • Cor: Laranja - tonifica; é uma cor acolhedora e estimula a alegria. É uma cor social que traz otimismo, expansividade e equilíbrio emocional. Traz confiança, automotivação e senso de comunidade. Azul ou verde para sedar.
  • Parte do corpo: ovários, aparelho urinário e fluídos corporais.
  • Cristal: ágata laranja, quartzo laranja.
  • Mantra: VAM
  • Fase da vida: de 8 a 14 anos.
  • Alimentos benéficos: líquidos, frutos e vegetais cor de laranja.
  • O que faz: potencializa a sexualidade e o prazer.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: dar e receber, emoções, desejos, prazer, amor sexual\passional, movimento, assimilação de novas ideias, saúde, família, tolerância, abandono (entrega), trabalhar harmoniosa e criativamente com os outros.
  • Qualidades negativas: exagerada indulgência com a comida ou sexo, dificuldades sexuais, confusão, ausência de objetivos, ciúme, inveja, desejo de possuir, impotência, problemas uterinos e\ou de bexiga.
Movimentos da Dança do Ventre: Oitos, ondulações e redondos.


3º Chakra: Plexo Solar – Manipura

Localizado um pouco acima do umbigo. Rege o pâncreas, glândula que possui função exócrina e endócrina e que secreta o suco pancreático, cujas enzimas ajudam a digestão das proteínas, carboidratos e gorduras. A parte endócrina da glândula é formada por pequenos grupos de células chamadas ilhotas de langerhan, produtoras da insulina, que possuem um papel importante no controle do metabolismo da glicose. A área de influência deste Chakra é o sistema digestivo: estômago, fígado e a vesícula biliar, além do sistema nervoso.
  • Elemento: Fogo.
  • Cor: Amarelo e dourado para tonificar. É ativador dos nervos motores, exercendo influência no sistema nervoso. Estimula bílis e possui ação vermífuga, diminui a função do baço, porém estimula a função do pâncreas, fígado e vesícula biliar. Fortalece as articulações, o sistema digestivo e linfático. É regenerador dos tecidos, acelerando o processo de cicatrização. Estimula a função peristáltica e o raciocínio lógico. Violeta, azul ou verde para sedar.
  • Parte do corpo: pâncreas e aparelho digestivo.
  • Cristal: citrino amarelo, olho de tigre, âmbar.
  • Essências: laranja ou tangerina.
  • Mantra: RAM
  • Fase da vida: de 14 a 21 anos
  • Alimentos benéficos: os amidos, as frutas ou vegetais amarelos.
  • O que faz: relaciona-se à vontade e à ação.
  • Aspetos a serem compreendidos: Escolhas, dentro do possível, do que você quer. Individualidade, poder pessoal, como você se vê, sua identidade no mundo.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: vontade, poder pessoal, autoridade, energia, controle do desejo, autocontrole, brilho (esplendor), calor humano, despertar, transformação, humor, riso, imortalidade.
  • Qualidades negativas: ter mais do que se pode assimilar ou usar, demasiada ênfase no poder e\ou identificação, fúria, medo, ódio, problemas digestivos.
Movimentos da Dança do Ventre: Camelo, cambre, shimie de ventre, ondulações de ventre, batidas de ventre.


4º Chakra: Cardíaco – Anahata

Localiza-se na região do tórax e está conectado com a glândula timo, responsável pelo funcionamento do sistema imunológico. É o Chakra do coração, centro energético do amor. A elevação das energias do Chakra do plexo solar até o coração acontece em indivíduos que estão desenvolvendo a capacidade de pensar e atuar em termos de coletividade.
  • Elemento: Ar
  • Cor: Rosa que estimula o amor incondicional e verde que é relaxante do sistema nervoso. A cor violeta seda esse centro.
  • Parte do corpo: Timo (glândula próxima ao coração), aparelho circulatório, coração, braços, mãos, pulmões.
  • Cristal: quartzo rosa e verde.
  • Essências: rosas e gerânios.
  • Mantra: YAM
  • Fases da vida: 21 a 28 anos.
  • Alimentos benéficos: frutas e vegetais verdes.
  • O que faz: relaciona-se aos sentimentos, ao emocional e ao aumento da capacidade de compreender.
  • Aspectos a serem compreendidos: amor, compaixão, perdão, verdade e gratidão. Principalmente amor próprio.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: amor divino e incondicional. Perdão, compaixão, compreensão, equilíbrio, consciência de grupo, união com a vida. Aceitação, paz, abertura, harmonia, contentamento.
  • Qualidades negativas: repressão do amor, instabilidade emocional, desequilíbrio, problemas de coração e circulação.
Movimentos da Dança do Ventre: movimentos de busto, braços, mãos, movimentos de tronco e véus.


5º Chakra: Laríngeo – Vishudha

Localiza-se na garganta. Comunica-se com a glândula tireoide que está relacionada ao crescimento e aos processos oxidativos, e com as paratireoides que controlam o metabolismo do cálcio. Este Chakra governa pulmões, brônquios e voz. Está ligado à inspiração, à comunicação e à expressão com o mundo.
  • Elemento: Éter
  • Cor: azul, atua como tranquilizante na aura e regenerador celular. Traz quietude e paz mental, estimula a busca da verdade, a inspiração, a criatividade, a compreensão, e a fé. Está associada à gentileza, ao contentamento, à paciência e à serenidade. Turquesa, estimula a comunicação em público. Para tonificar, laranja e violeta.
  • Parte do corpo: tireoide, aparelho respiratório, boca, garganta, hipotálamo e estruturas responsáveis pela voz.
  • Cristal: topázio azul, safira.
  • Essências: eucalipto e bergamota
  • Mantra: HAM
  • Fases da vida: 28 a 35 anos
  • Alimentos benéficos: Frutas e vegetais azuis e púrpuras.
  • O que faz: expressa a comunicação e a criatividade.
  • Aspectos a serem compreendidos: Comunicação interna e externa, esclarecimento que conduz ao estado divino, consciência e crenças.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: poder da palavra falada, verdadeira comunicação, expressão criativa no discurso, na escrita, nas artes. Integração, paz, verdade, conhecimento, sabedoria, lealdade, honestidade, confiança, amabilidade, gentileza.
  • Qualidades negativas: problemas na comunicação e\ou discurso, excesso de uso insensato do conhecimento, ignorância, falta de discernimento, depressão e problemas na tireoide.
Movimentos da Dança do Ventre: pescoço, cabeça, cabelos, ombros, sorriso.


6º Chakra: Frontal – Ajna

Localiza-se entre as sobrancelhas, conhecido como terceiro olho. Relaciona-se com a glândula pituitária.
  • Elemento: Luz
  • Cor: Dourado para concentração falta de memória e confiança. Violeta, tranquilizante, calmante e purificador. Clareia e limpa a corrente psíquica do corpo e da mente, afastando problemas de obsessão mental e psicose.
  • Parte do corpo: hipófise e sistema endócrino, olho esquerdo, nariz, orelhas.
  • Cristal: lápis-lazúli
  • Essências: limão e camomila.
  • Mantra: KSHAM (mantra do terceiro olho)
  • Fases da vida: 35 a 42 anos
  • Alimentos benéficos: São os de cor azul ou púrpura, frutas e vegetais.
  • O que faz: governa o espírito, a intuição e a memória.
  • Aspectos a serem compreendidos: Intuição e a consciência. Capacidade de se observar sem julgamento.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: realização da alma, intuição, insight, imaginação, clarividência, concentração, paz de espírito, sabedoria, devoção, percepção para além da dualidade.
  • Qualidades negativas: falta de concentração, medo, cinismo, tensão, dor de cabeça, problemas nos olhos, pesadelos e demasiado deslocamento deste mundo. 
Movimentos da Dança do Ventre: a expressão, principalmente dos olhos


7º Chakra: Coronário – Sahashara

Localiza-se no topo da cabeça, prolongando-se mais acima. É o portal da espiritualidade, do reconhecimento da existência de Deus em nós, no outro e em todo o universo.
  • Elemento: Pensamento e vontade, reunião de todos os elementos.
  • Cor: branco transparente, violeta e dourado.
  • Parte do corpo: glândula pineal, funcionamento geral do sistema nervoso, olho direito. Capacidade da fusão individual com Deus e o universo, onde os limites do corpo são quebrados e nossa energia, livre se expande em todas as direções, se estende por todo o cosmos
  • Cristal: quartzo transparente, ametista, diamante.
  • Essências: lavanda, rosa, âmbar.
  • Mantra: HUM
  • Fases da vida: dos 42 anos em diante.
  • Alimentos benéficos: associa-se a ideia de jejum, às frutas e vegetais de cor violeta e púrpura.
  • O que faz: controla o pensamento, a consciência e o funcionamento global do organismo.
  • Aspectos a serem compreendidos: Iluminação.
  • Qualidades positivas e lições a aprender: unificação do Eu Superior com a personalidade humana, união com o infinito, vontade espiritual, inspiração, unidade, sabedoria e compreensão divina, idealismo, serviço voluntário (desinteressado), percepção além do espaço e tempo e conformidade de consciência.
  • Qualidades negativas: falta de inspiração, confusão, depressão, alienação, hesitação em servir, senilidade.
Movimentos da Dança do Ventre: A própria expressão completa da dança. A junção de várias partes do corpo em movimentos cadenciados. O amor e a expressão artística da Dança do Ventre, o propósito de dançar.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Energia Kundalini e a Dança do Ventre




Kundalini vem do sânscrito kundal e significa “aquela que está enrolada”, termo originário da Índia hinduísta, sendo uma metáfora de serpente.

É uma espécie de energia nuclear, telúrica e ígnea, uma energia ctônica, da terra, que tem sua correlação (projeção) adormecida na base da coluna vertebral do ser humano. Trata-se de um conceito que desde o século passado vem sendo discutido no Ocidente por psiquiatras, médicos, físicos, professores e pesquisadores. O termo para a área médica e psicológica representa um tipo de energia psicoespiritual fundamentado na expansão da consciência.

Os centros de energia (chakras) estabelecem o caminho para a energia primária kundalini percorrer o corpo. Principalmente através de alguns movimentos da Dança do Ventre é manipulada uma suave quantia dessa energia, mesmo que não haja uma intenção explícita para isso.

Pelo fato da energia kundalini se encontrar adormecida na base da coluna vertebral, na literatura clássica, é geralmente representada por uma ou duas serpentes enroladas nesta região e, também, por ser a serpente um animal que rasteja sobre a terra.

Na realidade, seu percurso é complexo, ondulado, em ascensão pela espinha dorsal ou por dentro do corpo, saindo de sua base através de dois canais (nadis) ida e pingala, que se cruzam no canal do meio sushumma. Muito semelhante ao símbolo da medicina, o caduceu, com duas serpentes ascendendo e cruzando um mastro intermediário, lembrando uma molécula de DNA. Sushumma é o canal que liga este chakra (básico) aos demais pelo centro do corpo.

Durante muito tempo, em razão das culturas orientais e tradições esotéricas terem dominado o tema, com crenças no misticismo e misturas confusas de conceitos, superstições primitivas e dogmas, a classe científica ocidental não aceitou o processo da kundalini como um fenômeno relevante. Todavia, em meados dos anos 70, com o aumento do interesse ocidental pelas práticas orientais de autoconhecimento e o crescente número de pessoas no Ocidente, praticantes de meditação, tendo a mesma experiência psicofísica descrita nos modelos tradicionais destas tradições, os cientistas viram-se obrigados a estudar o “novo” fenômeno social.

Tal evento provocou mudanças no pensamento científico, possibilitando a comparação destes modelos clássicos e dos contextos clínicos, pois a uniformidade das descrições em ambos os processos, além de evidente, facilitava o trabalho dos pesquisadores, que passaram a considerar os componentes fisiológicos dos aspectos comuns da “nova” pesquisa.

Gopi Krishna foi um dos grandes responsáveis pela popularização da kundalini no Ocidente, ao mostrar que tanto cristãos, como sufis e adeptos do Yoga e da Meditação, passavam pelas mesmas experiências psicofísicas. Outros nomes pioneiros, cada um em sua área, também contribuíram para o aprimoramento do mapeamento da atividade energética no corpo humano, facilitando o entendimento científico sobre a kundalini, entre eles: Dr. Lee Sannella (psiquiatra); o pesquisador Itzhak Bentov (experiências com balistocardiógrafo e sonda capacitadora em praticantes de meditação); Dr. Hiroshi Motoyama  (desenvolvimento da AMI Machine, capaz de diagnosticar os níveis de energia nos chakras e meridianos do corpo), entre outros.

Carl Gustav Jung também estava familiarizado com os estudos sobre a kundalini. Em suas correlações, Jung considerou a kundalini como sendo a força da psique, importante no processo de individualização. Obviamente, nem toda consideração junguiana é totalmente aceita pelos praticantes da arte-ciência da kundalini, embora encarem com respeito os esforços da visão junguiana e o motivo é bem simples: o crescimento dentro da individualização não é necessário ser acompanhado pelo “nascimento” da kundalini no sentido clássico, mesmo que ele seja rodeado por “transformações poderosas” da energia psíquica.

Mesmo assim, os praticantes de meditação têm demonstrado, dentro dos laboratórios, que condições, como estados transcendentais da consciência, podem ser monitoradas através de máquinas e computadores, leitores de dados de ondas cerebrais. Assim sendo, pode ser simples questão de tempo para que o refinamento dos nossos aparelhos de medição e programas de computador nos dê um meio eficaz de “provar” os efeitos da kundalini na mente e corpo humanos, para deleite dos céticos.

Apesar disso, aqueles que têm experimentado a kundalini continuarão a falar sobre suas experiências, e com o tempo quebrará as atuais barreiras sobre o tema.

sábado, 9 de novembro de 2013

DANÇA DO VENTRE: ARTETERAPIA



A Dança do Ventre Terapêutica segue a linha Egípcia, que remete ao Antigo Egito onde as sacerdotisas do Templo do Sol realizavam rituais com cânticos e várias danças em homenagem ao Deus Sol (Rá como era conhecido pelos egípcios). Envolvia uma filosofia de amor e paz. A Dança do Ventre era realizada em homenagem ao Deus Sol; à ele eram oferecidas flores de lótus, incenso, essências, água e frutas. Somente as sacerdotisas dançavam, e, neste momento, não podiam ter o corpo tocado em sinal de respeito, pois buscavam uma integração com o Universo, sentindo Deus em toda sua totalidade e também em todos os seres vivos. Por isso realizavam movimentos que representavam os animais em seus aspectos divinos, bem como os quatro elementos da natureza e suas divindades (Terra, Água, Fogo e Ar). Sentindo a harmonia cósmica, alcançavam um estado de êxtase profundo.

Os ensinamentos da Dança do Ventre Terapêutica tem como base a visão do nosso corpo em quatro partes distintas: Terra, Água, Ar e o Fogo e nos 7 chakras (centros de força por onde circulam a energia vital). Existem movimentos da dança específicos para equilibrar cada um dos 7 chakras. Seguindo esta divisão, os movimentos são ensinados para que a praticante possa se manter em equilíbrio energético absoluto, o que evita mudanças de humor e doenças. Entre outros benefícios, proporciona auto confiança, serenidade, aceitação e desbloqueio de sentimentos reprimidos relacionados ao seu corpo.

Deixando-se dançar, as mulheres vão se soltando, tornando-se pessoas mais sensíveis e fortes, harmoniosas e até mais bonitas. Resgatando a essência feminina, alcança-se o conhecimento intuitivo, a linguagem dos nossos cinco sentidos. A mulher que pratica Dança do Ventre tem consciência de seu próprio corpo. Alcança um autoconhecimento que desperta o amor próprio, fazendo-a perceber a beleza de existir, onde a forma física não é aquela ditada pela sociedade, e sim a sua própria forma seja ela qual for
.
A dança é a celebração da vida, seu ritmo representa a escala pela qual se realiza e completa a libertação.

A Dança do Ventre Terapêutica tem como objetivo principal proporcionar o renascimento da mulher como ser único, consciente de sua importância e de seu espaço no mundo.

Texto de Amani Suhair
Professora, coreógrafa e bailarina

História da Dança do Ventre no Brasil



A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é recente, datando de aproximadamente uns cinqüenta anos para cá. E pode-se dizer que provavelmente ela teve seu início quando os primeiros árabes aqui chegaram. Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.

A bailarina Patrícia Bencardini em seu livro “Dança do Ventre – Ciência e Arte” nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século”.

Provavelmente este foi o caso da bailarina palestina SHAHRAZAD Shahid Sharkey que aqui chegou por volta de 1957. Muitas bailarinas acreditam que ela foi a pioneira desta dança no Brasil. Seu nome de nascimento é Madeleine Iskandarian. Shahrazad foi cabeleireira por 18 anos e passou a dedicar-se à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, embora já dançasse profissionalmente desde os sete anos em diversos países árabes, como conta em seu livro. No Brasil, se apresentou em diversos restaurantes árabes, teatros e programas de televisão, além de ter concedido várias entrevistas. Publicou em 1998 o livro intitulado “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”, além de alguns vídeos com a didática que desenvolveu para o ensino de dança, com aproximadamente três mil exercícios criados por ela. A última edição de seu livro foi lançada na 17º Bienal do Livro em São Paulo. Sua dedicação à Dança do Ventre, além de incluir a formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu, ainda, sempre uma luta pela valorização da dança e nunca por sua vulgarização.

No entanto, sabe-se que Zuleika Pinho foi a primeira bailarina a realizar uma apresentação de Dança do Ventre no Brasil, em um clube árabe chamado Homes, no ano de 1954. Nesta época Zuleika tinha apenas 14 anos: "Me perguntaram se poderia apresentar uma dança oriental, não tinha idéia do que era, mas aceitei", conta Zuleika. Nesta época, ela passou a se apresentar em vários restaurantes e programas de televisão, assim como aparecer em muitos jornais da época.

Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a dança do ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “no Brasil não havia publicações sobre o assunto e escassas eram as publicações em inglês e francês”.
Para a bailarina, esta situação passou a se modificar a partir da década de 90 quando, no Brasil, começaram a surgir publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas, com o surgimento de eventos, concursos e desfiles, além de programas de televisão, rádio e internet tratando do assunto. Essa procura pela dança acentuou-se ainda mais após a exibição da novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão.

Muitos profissionais dizem que não havia música árabe no Brasil, porque aqui não se produzia e não se vendia também. Os discos de vinil na época tinham que ser comprados fora do país.

De acordo com Jorge Sabongi, proprietário da Casa de Chá Khan el Khalili, no início dos anos 70 havia alguns poucos restaurantes árabes como Bier Maza, Porta Aberta e Semíramis, que atualmente não existem mais. Eles contavam com algumas apresentações de Dança do Ventre e alguns músicos árabes.
 
Um pouco depois, na década de 80, surgiram as primeiras bailarinas de Dança do Ventre brasileiras, que podem ser consideradas como a primeira geração de bailarinas no Brasil. Foram elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina.

O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, pela Casa de Chá egípcia Khan el Khalili, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi. Desde então, muitos outros vídeos, e mais recentemente DVDs, têm sido produzidos no Brasil, tanto didáticos quanto de shows. Também muitos DVDs internacionais têm sido comercializados aqui, já que a procura tem sido cada vez maior.

A casa de chá egípcia Khan el Khalili foi inaugurada em 1982 por Jorge Sabongi e antes de completar dois anos passou a contar com apresentações de Dança do Ventre (por sugestão de uma casal de egípcios) uma vez a cada três meses. Até que apareceu Lulu Sabongi, que, após iniciar os estudos na Dança do Ventre, começou a se apresentar na Casa de Chá, cada vez com maior freqüência e com um público cada vez maior. Hoje a Khan el Khalili tem mais de vinte e cinco anos de existência. Além de contar com casa de chá, conta ainda com apresentações diárias de Dança do Ventre, oferece aulas, shows, produz Cds e DVDs, exportando inclusive para outros países.
 
Os primeiros Cds produzidos no Brasil vieram da família de músicos Mouzayek, liderada pelo cantor Tony Mouzayek. A coleção de Cds intitulada “Belly Dance Orient” encontra-se atualmente em seu 59º volume.

A família Mouzayek veio da Síria na década de 70 e aqui se instalou contribuindo para a divulgação da cultura árabe, principalmente da Dança do Ventre no Brasil. Além de músicos, são proprietários de uma loja no centro de São Paulo, a Casa Árabe, que existe há mais de quarenta anos e vende diversos artigos para Dança do Ventre, como CDs, DVDs, roupas, acessórios, livros e instrumentos musicais.
 
Um importante e grande evento de Dança do Ventre que ocorre anualmente no país é o “Mercado Persa”. Ele ocorre na cidade de São Paulo desde 1995 e é caracterizado por promover muitas apresentações de dança oriental (amadoras e profissionais) e por vender muitos artigos especializados às suas praticantes. O número de participantes deste evento vem aumentando desde seu surgimento, tanto que já conta com dois palcos e não mais com um como no início. O que significa que durante doze horas, das 10 às 22, acontecem apresentações ininterruptas de Dança Árabe em dois palcos simultaneamente. Este evento foi criado pela bailarina Samira Samia e é dirigido por sua filha, a também bailarina, Shalimar Mattar. Foram, ainda, elas que criaram o primeiro jornal sobre o assunto no Brasil “Oriente Encanto e Magia”, com publicação mensal, existente desde o ano de 1995. Sua distribuição é gratuita e consta de matérias, artigos, fotos, divulgação de eventos e de profissionais da área.

O primeiro livro sobre o assunto, “Dança do Ventre – uma arte milenar”,  foi escrito pela bailarina e professora Málika, em 1998, pela Editora Moderna. Foi lançado na Bienal do mesmo ano, mas atualmente se encontra esgotado.De acordo com a autora, o livro surgiu “de um caderno de estudos, onde costumava anotar passos, dúvidas, temas a serem pesquisados e/ou aprofundados, curiosidades etc”. Hoje em dia não nos deparamos mais com muitos dos problemas que havia antes, como a falta de Cds, vídeos, figurinos, professoras, bailarinas na área de Dança do Ventre. Muito pelo contrário, há uma abundância grande de material para estudos e pesquisas, principalmente com a internet. Nela há textos, fotos, divulgações de eventos, bem como vídeos.

Há uma estimativa de que o Brasil é, junto com os Estados Unidos, um dos países ocidentais com o maior número de praticantes do mundo. De fato, a mulher brasileira se identifica com as características da Dança do Ventre e, talvez, por esse motivo ela faça tanto sucesso aqui.
Atualmente no Brasil as aulas de Dança do Ventre são oferecidas em diferentes espaços como em academias de ginástica, clubes, escolas especializadas, escolas de dança, assim como em espaços esotéricos e centros culturais. Muitas revistas e livros já foram escritos sobre o assunto, não se esquecendo de que a divulgação maior fica por conta da internet.

Apesar de pequena ainda, há uma participação da Dança do Ventre no meio acadêmico, como algumas publicações de monografias, artigos científicos e dissertações de mestrado.

Além disso, nosso país conta, ainda com muitos eventos anuais que prestigiam a Dança do Ventre, assim como workshops nacionais e internacionais realizados, principalmente, na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Fonte:
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/a-danca-do-ventre-historia