sábado, 28 de dezembro de 2013

A DANÇA DO VENTRE COMO FORMA DE INICIAÇÃO



Sabemos que a dança está presente em muitos rituais, pois através do significado dos movimentos, ela gera energias realmente mágicas. A dança iniciática existe há mais de 7000 anos; a que segue a linha egípcia é uma preparação para as mulheres que desejam ser Sacerdotisas da Deusa, o que desperta nelas a própria Deusa Interior. O fundamento deste aprendizado é ver em nosso corpo quatro partes diferentes, sendo que cada uma dessas partes corresponde a movimentos específicos da Dança do Ventre.

Terra: dos pés até o quadril.
Água: do quadril até os ombros.
Ar: dos ombros ao Chakra Coronário.
Fogo: ao redor de todo o corpo, representa a energia criadora.

Todos os movimentos da Dança do Ventre foram concebidos para manter em equilíbrio perfeito as energias de quem a pratica, livrando a mulher de doenças, alterações de humor, entre outros benefícios menos perceptíveis. O equilíbrio perfeito das energias leva ao despertar da Kundalini (energia criadora), fazendo com que a mulher se sinta interagindo com o Cosmos em perfeita harmonia.

O Véu (espírito) na Dança do Ventre representa o corpo espiritual da dançarina, sendo que a cor do véu traduz seu estado emocional; o desempenho com ele mostra a visão que ela tem de seu corpo e a sensação que o corpo físico lhe inspira. Na cultura árabe o véu também simboliza os ventos do deserto.

Os instrumentos utilizados na Dança do Ventre têm significados específicos:

Snujs: Benção. Dançar tocando Snujs ou pandeiro, como faziam as sacerdotisas antigas, abençoa e purifica o ambiente.

Bastão: Caminho. Como uma sacerdotisa espiritual, a dançarina direciona e mostra os caminhos.

Punhal: Transcendência. A dançarina transcende a própria matéria, sacrificando os apegos mundanos.

Espada: Justiça. Propicia discernimento através da justiça pura. A dançarina deverá manter uma postura mental especial, porque o poder místico atribuído à espada poderia “cortar” determinadas situações.

Taças: Sabedoria. A dançarina exterioriza sua Deusa Interior fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado.

Candelabro: Luz. A dançarina se transforma numa ponte entre os mundos material e espiritual.

Sete Véus: O número sete encerra um mistério muito grande, pois sete são as cores do arco-íris, os Chakras, as notas musicais, os planetas principais etc. Para que a dançarina esteja apta a fazer esta dança, terá de ter alcançado as sete virtudes: humildade, disciplina, respeito, paciência, perseverança, dedicação e amor.

A Dança Iniciática faz com que a dançarina conheça o seu corpo e sua relação com o calendário lunar, coincidindo cada ciclo da Lua com as características de uma deusa. Além disso, desperta o sagrado na mulher, motivo pelo qual se diz: “O corpo da dançarina se divide em três partes diferentes, mulher, espírito e serpente, não pode ser tocado enquanto ela dança”.

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